Envio de Para-raios Radioativos ao CNEN

A fabricação de para-raios radioativos no Brasil foi autorizada de 1970 até 1989 porque a literatura técnica da época indicava que os captores radioativos tinham uma eficiência maior que os convencionais.

Porém, em 1989, a Comissão Nacional de Energia Nuclear, CNEN, através da Resolução No. 4/89, suspendeu a autorização para a fabricação e instalação deste tipo de captor, baseada em estudos feitos no Brasil e no exterior que demonstraram que o desempenho dos pára-raios radioativos não era superior ao dos convencionais na proteção dos edifícios, não se justificando, assim, o uso de fontes radioativas.

Fonte: https://www.ipen.br/

SP registra 30 mil raios nas primeiras semanas de outubro

Um deles provocou uma pane elétrica nos trens da Linha 7-Rubi.
Previsão é que 2 mil raios por dia atinjam o estado na primavera.

Nas duas primeiras semanas de outubro, 30 mil raios atingiram o estado de São Paulo. Um deles provocou uma pane elétrica nos trens da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nesta quinta-feira (13). O número está na média para o mês.

Segundo previsão dos pesquisadores do Grupo e Eletricidade Atmosférica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 2 mil raios por dia devem atingir o estado na primavera. Isso ocorre por causa do aumento nas temperaturas e da quantidade de chuvas. Esse número, porém, está abaixo da média de raios registrada na primavera de 2015.

O raio que atingiu os trilhos nesta quinta parou uma das vias entre as estações Franco da Rocha e Caieiras. Os trens de ida e volta tiveram que revezar em uma via. Com isso, milhares de passageiros foram prejudicados.

Durante a chuva desta madrugada, foram contatos 16 raios na capital e quatro em Franco da Rocha. De acordo com os meteorologistas, a primavera deste ano deve ter pancadas de chuva isoladas acompanhadas destas descargas elétricas. Locais com grande circulação de pessoas, como prédios, igrejas e clubes, precisam providenciar equipamentos, como exige a lei.

Manter aparelhos eletrônicos fora das tomadas e não usar equipamentos como secador e ferro de passar na hora da tempestade são alguns dos cuidados sugeridos pelo engenheiro eletricista Luiz Eduardo Joaquim, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

A CPTM informou que conta com centenas de para-raios, de diferentes tipos, adequados para cada local e sistema. O modelo e a capacidade de cada equipamento são determinados em função da tensão do sistema a ser protegido.

A companhia diz ainda que nenhum sistema de para-raios é capaz de eliminar 100% dos riscos de danos casados por descargas atmosféricas, a exemplo do que ocorreu nesta quinta na Linha 7-Rubi.

Fonte: g1.globo.com

‘Já pensei até em para-raios’, diz pecuarista que perdeu 24 bois

Fazenda já foi atingida três vezes por descargas elétricas.
Prejuízo na última ocorrência, na segunda-feira, foi de quase R$ 50 mil.

Pela terceira vez em três anos raios causaram prejuízos para o pecuarista Paulo Roberto Gomes. Dessa vez, 24 cabeças de gado morreram após um raio atingir uma árvore que fica no pasto em Paraguaçu Paulista (SP). O prejuízo foi de quase R$ 50 mil. Paulo já até pensou em colocar para-raios. “Eu pensei, mas desisti depois que descobri que o alcance do aparelho é muito pequeno”, conta.

Após a morte do gado buscou orientação na vigilância sanitária sobre os animais mortos e recebeu a informação que a carne não poderia ser aproveitada. “Era fazer um aterro e enterrar os animais e foi o que fizemos”, conta.

Risco dos raios
Segundo os meteorologistas os raios caem com maior frequência em locais abertos como as praias ou o campo. Quando chove, naturalmente as pessoas buscam se proteger em locais como os quiosques ou árvores, mas isso é um erro que pode custar a vida. “Um caso de tempestade procure ficar em casa e se não foi possível procurar um carro ou um prédio e procurar evitar esses locais de risco”, orienta o meteorologista Thiago Ferreira.

Dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram que este ano 99 pessoas morreram vítimas de raio no país. O Brasil é o país como maior incidência de raios no mundo: são 50 milhões de raios por ano.

Fonte: g1.globo.com

Para-raios têm proteção variável e medidas devem ser seguidas

Equipamentos são obrigatórios em prédios públicos e edifícios altos.
Professor de física da USP diz que proteção chega a alguns metros.

Obrigados por lei a ser instalados em prédios públicos e edifícios altos, os para-raios ajudam a evitar acidentes causados por descargas elétricas e esse tipo de equipamento também pode ser instalado em qualquer casa. Entretanto, a abrangência pode ser pequena e dicas de proteção precisam ser seguidas.

“É muito difícil dizer qual é a área de proteção de um para-raios, pois varia muito do tipo de equipamento, são vários os tipos que tem no mercado hoje”, afirma o professor de física da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos (SP), Luiz Vitor de Souza Filho.

“Em geral a proteção é bastante limitada, da ordem de algumas dezenas de metros em volta da onde o para-raios está instalado”, diz o professor, que explica que o equipamento serve de facilitador para o caminho do raio. “Em uma analogia, o equipamento funciona como o ladrão da caixa d´água, ele é o sistema que facilita a fuga do raio até o chão”, compara Souza Filho.

Segundo o especialista, tendo ou não um para-raios por perto, alguns cuidados precisam ser tomados para evitar acidentes. “Se você estiver em uma área exposta, é dentro de um veículo coberto que deve se proteger e a pessoa deve se afastar de estruturas metálicas grandes, como um trator ou cercas metálicas, por exemplo, e procurar um abrigo dentro de um edifício que esteja protegido”, diz.

Regiões altas, como morros e montanhas ou topos de edifícios que não estejam protegidos, também deve ser evitados.

Fonte: g1.globo.com